O mundo corporativo direciona-se, cada vez mais, para uma gestão profissionalizada dos riscos. Esse gerenciamento é um ingrediente essencial para que as companhias alcancem a Governança Corporativa. No segmento financeiro, mais precisamente nas empresas de seguro e previdência, conduzir a estratégia para uma formalização da Estrutura de Gerenciamento de Riscos (EGR) é urgente.
Estabelecer princípios, diretrizes e responsabilidades, bem como apresentar processos de identificação, classificação, análise, tratamento e monitoramento das ameaças relacionadas ao negócio são essenciais para uma gestão de riscos efetiva. É preciso ressaltar que esse processo deve ser formalizado na base normativa de controles internos da empresa, em manual técnico, conspirando – sob todos os aspectos – a favor da excelência na gestão de riscos. Toda essa modelagem exige compliance em relação às normas governamentais.
Para implementação desse desenho, variáveis como ambiente interno, fixação de objetivos, identificação de eventos, acompanhamento de evidências, avaliação e respostas aos riscos, atividades de controle, além de informação e comunicação, são imprescindíveis para a gestão profissional de riscos e de busca de superávits para empresa.
Essa ação de trabalho preventivo e reativo, que combina instrumentos técnicos e operacionais com os recursos humanos habilita a empresa ao enfrentamento das ameaças que surjam no mercado e em qualquer tipo de circunstância.
A base organizacional, em todas etapas desse processo, fundamenta-se em paradigmas de eficiência, eficácia e racionalidade. Diante disso, a criação de uma área específica com contratação de gestor e equipe de alta performance viabilizarão a execução das atribuições pertinentes de gerenciamento de riscos junto a toda organização.
A adoção de uma Estrutura de Gerenciamento de Riscos deve habilitar a alta administração em todas instâncias e os demais colaboradores da empresa, a lidar com efetividade nos processos de incertezas, objetivando-se com isso à proficiência na abordagem junto aos riscos predominantes. Quando implementada, essa gestão sistêmica possibilita o procedimento de planejar, organizar, dirigir e controlar mecanismos de defesa em relação às eventuais ameaças que possam colocar em risco o alcance dos objetivos da organização.
Paulo Antonio Barni – Superintendente de Compliance, Controles Internos e Modelagem – GBOEX